Tem me doído com uma força tão devastadora quanto a que puxa as ondas irresolutas de volta para o mar. Tem arrancado cada lembrança boa que eu venho acumulando dentro de mim. Tem me mostrado a verdade que eu sempre recusei aceitar. Tem me feito ver o quanto eu sou ingênua, o quanto é grande essa minha capacidade de confundir sensações.
Há tempos eu alimento um sentimento com tudo o que eu tenho de mais belo para oferecer a alguém. E esse sentimento cresceu, ficou forte, bonito, viril. Mas aí, de tão grande que ficou, deixou meus braços cansados. Tornou-se um fardo. Um peso que eu tenho que carregar sozinha. E não, eu não tenho vocação pra solidão.
Nasci pra dividir sorrisos, sonhos, medos, abraços, carinhos. E sempre que eu tento encontrar alguém que se disponha a me ajudar, faço escolhas erradas. E lá se vão mais umas poucas migalhas de afeto.
Eu sou só uma criança, não dá pra perceber? Comecei a vida agora. As pessoas ainda apertam minhas bochechas, cara. Não me peça muito, por favor. Tenha só um pouquinho de fé em mim.
A realidade é assim mesmo, seja forte, encare-a, só assim ela irá tomando a forma que você desejar
ResponderExcluirBeijos!
Sonia Salim