"Estou de volta ao frasco. Bem vindo a mim e a tudo que é meu. Estou de volta às coisas pequenas que cabem no frasco, mas que se tornam maiores do que eu e gigantes para a vida. Estou de volta à minha pele, à minha casca, ao meu vidro. Não incomode, não bata ao vidro, não tire a tampa, não abane o frasco... Sou frágil, posso partir!"

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Onde não devo caminhar novamente



E depois de algum tempo vivendo em um lugar que a solidão é a única companhia, a tristeza a melhor amiga, o orgulho um poderoso aliado, percebi que nem tudo pode ficar por muito tempo ao meu lado.
Ninguém me disse que seria fácil levantar de um tombo, muito menos que os machucados demorariam pra sarar e nem que cicatrizes horríveis ficariam comigo pra sempre, me fazendo lembrar de tudo cada vez que meus olhos as enxergassem.
Mas, eu insisti, quis ir em frente sem medo, cai uma, duas, três, quatro vezes e quando fui cai a quinta vez uma mão me segurou e não permitiu que meus joelhos tivessem mais uma marca na coleção dolorosa.
Eu permiti viver intensamente quando eu deveria frear qualquer tipo de sentimento existente em mim. Eu deixei que meu coração acreditasse numa fonte de mentiras, que eu mesma estava criando.
Eu não escutei os tantos conselhos, nem todas as palavras que me foram entregues em forma de provas para que eu fosse capaz de raciocinar o que eu estava fazendo. Mas, eu estava vivendo um momento de cegueira profunda e quase inrreversível. 
Ainda bem que o tempo passa, que as pessoas aceitam as mudanças e que elas mesmas são capazes de notar o quanto estavam erradas e assim buscarem um outro caminho para seguir, mesmo sendo mais árduo, com mais obstáculos e com mais tombos.
De tudo, hoje tenho só as marcas, que ontem me serviam de lição, hoje me servem de inspiração para que eu mesma leia minhas palavras e perceba o quanto estive errada e por onde não devo caminhar novamente.

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